quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Sem Títtulo ou De Como Vai O Sentimento Do Cérebro

"As memórias não estão em mim, estão nas coisas ao meu redor.
Entretanto, também estou ao redor, também sou coisa.
Estou nos gostos, nos sabores dos outros. sou uma amostra de tecido
remendado em trapos que andam por aí.
Andando em solas de sapatos pelas calçadas inusitadas.
Durmo entre infinitos lençóis, acordo nu.
como parte de um incompleto que busca também partes também incompletas.

As memórias não são minhas, são das circunstâncias.
Entretanto, também sou circunstancial, divido ambientes, encerro diálogos.
Apareço em vidas, desapareço.
Um mergulho fundo rumo ao vazio. a memória ainda estará lá...

As memórias não começam ou terminam, são intermitentes.
Entretanto, acho-me corpo frágil, passível do fim. vago mundo.
Mas, além disso, vive a mente, que também não tem fim.
um começo de um começo de um começo de um começo...
um fio que curva o espaço, se dobra e até passa por si próprio outra vez.

As memórias não passam por nós, nós a passamos.
Entretanto, também sou estação, ponto de retorno, contorno da mesma e única volta:
a vida.

...
Sou memória em potencial!"

sábado, 4 de outubro de 2008

...e essa poeira insite em cair

Em conversa, disse-me:

Dê-me uma gota apenas pra eu já estar sorrindo!
Suspenda um instante o ar, e solte todo o corpo sobre as mãos da simplicidade...

Ah, o Simples.
Como te quero, como te quero.

Dois olhos, uma boca. Dois ouvidos, um nariz. Metros de pele de pele de pele de pele de pele...
apenas isso.
(sinta o mundo de novo agora. melhorou?)

...silêncio......pssssss...... láá no fuuuundo, uma voz te chama,
você segue o som, vai em direção ao chamado desconhecido,
e lá, depara-se com ninguém menos que você,
sorrindo para você mesmo!
(sorria de volta...!)
- tome conta de mim, você diz;
e você vai... e toma.

subtraio-me peso, somo-me energia.